Você acelera os áudios que recebe no WhatsApp? Muito provavelmente sim. O lançamento da função pelo aplicativo este ano foi muito comemorada pelos usuários, mas pouca gente para para pensar qual a razão disso.
Gastar alguns segundos a mais para ouvir uma mensagem fazem tanta diferença assim? Ou esse é apenas mais um sintoma do momento que estamos vivendo, no qual o nível de ansiedade das pessoas é tão grande que tudo parece ser um obstáculo que precisa ser vencido o quanto antes?
Eu tendo a achar que sim e a pandemia piorou esse cenário que é generalizado, afeta pessoas de todas as idades em todos os lugares. Assim – trazendo para o mundo do Trade – tanto os colaboradores quanto os clientes têm experimentado momentos de grande ansiedade. E um dos grandes problemas é a dispersão e a falta de foco que ela traz.
Você sente isso na sua empresa e identifica mudanças no comportamento dos clientes também? É preciso refletir sobre essa questão é pensar em como esses sintomas podem ser amenizados ou superados.
A era da ansiedade
Uma pesquisa do Ministério da Saúde com 17,5 mil brasileiros entre 18 e 92 anos de idade feita nos meses de abril e maio de 2020 mostrou que oito entre dez brasileiros já sofriam de algum transtorno de ansiedade. Em dezembro, já se falava sobre a pandemia ter criado um novo transtorno de ansiedade, a coronafobia. Segundo uma pesquisa da Pulses divulgada também no final do ano passado, 37% das empresas registraram aumento de doenças psiquiátricas.
Mas antes mesmo da Covid-19, a ansiedade já era considerada um mal da atualidade, principalmente entre os millennials (nascidos entre 1980 e 1994) e a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010). Uma das principais causas é o excesso de informação, que sobrecarrega o cérebro e prejudica a saúde mental, provocando estresse e falta do poder de concentração.
Esses grupos já nasceram num mundo digitalizado e vivem conectados 24 horas por dia, sendo impactados o tempo todo por informações variadas em uma intensidade maior do que os mais velhos.
Os desafios para manter o foco
Como o quadro é generalizado, é preciso prestar atenção tanto dentro da empresa quanto fora, em sinais de dispersão que podem tirar o colaborador e o cliente do foco, respectivamente, do trabalho e da compra do produto.
Vamos olhar internamente primeiro e refletir:
- A equipe, principalmente a que atua no campo, está equilibrada o suficiente para manter a qualidade do trabalho.
- Quão dispersivo é o seu portfólio de produtos?
O papel das lideranças é fundamental para observar esses pontos e identificar possíveis problemas. Um time disperso não consegue performar como deve e isso é percebido no tempo gasto em cada tarefa e também na quantidade de metas cumpridas.
Um portfólio exagerado de produtos pode parecer uma maior chance de venda, mas – não raramente – se torna um problema para a empresa, para a equipe e para os clientes que não sabem o que focar (ou escolher, no caso do cliente). Muitas vezes, menos é mais nesse quesito. Vale lembrar da emblemática volta de Steve Jobs à Apple, quando ele reassume o controle e passa a focar apenas em alguns produtos para voltar a fazer a empresa crescer.
Agora vamos pensar no cliente:
- Seus produtos são facilmente entendidos pelo cliente? O propósito deles está claro? O rótulo é atraente e objetivo?
- A exposição dos seus produtos na gôndola está bem feita?
- O material de PDV é claro?
A lógica é simples. Em condições normais você já precisa vencer a concorrência. Se a ansiedade e a dispersão do cliente ainda surgem para jogar contra é preciso facilitar ao máximo a sua vida para que seu processo de compra seja positivo.
Já notou como muitas empresas têm deixado as embalagens mais limpas e simples? É uma estratégia para evitar que o cliente “se perca” em tantas informações. É claro que nem todos podem pensar em rever suas embalagens, por isso outras práticas são importantes como a exposição e o material de PDV.
Objetividade é mais importante do que informação em excesso e organização é mais importante do que volume. Por isso é preciso focar no que é realmente relevante para o cliente no ponto de venda.
Para onde estamos caminhando?
É difícil dizer se – passada a pandemia – os níveis de ansiedade e falta de concentração baixarão e tornarão as pessoas mais calmas ou se sempre haverá uma apreensão no ar, um medo de que tudo se repita.
Uma coisa certa é que a quantidade de informação com a qual lidamos no dia a dia não vai diminuir e por isso algum tipo de solução vai precisar ser encontrada. Hoje já se fala da necessidade de um detox digital, por exemplo.
É importante começar a pensar já no que pode ser feito para evitar esse tipo de desgaste mental. Converse com a sua equipe e coloque essa questão em discussão. Ouça o que os colaboradores têm a dizer e – ao mesmo tempo – não tire os olhos do mercado e do que o consumidor está exigindo.
Pense nisso!
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Trabalhe com segurança!
Até a semana que vem!
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