Quem me acompanha aqui no blog da Trade Marketing Force sabe que as metodologias ágeis sempre aparecem nos artigos. Isso porque essas técnicas – que nasceram na indústria do software – criam um processo de entrega mais rápida de um produto de qualidade.
Ou seja, trazem velocidade sem comprometer o resultado. Deve ser o objetivo de qualquer negócio, não é? Entregar o melhor produto em menor tempo garantindo a satisfação total do cliente final.
Neste artigo eu quero destacar dois conceitos ágeis que podem ser muito úteis para o Trade: o lead time e o cycle time. Na realidade, são duas métricas que podem ser incorporadas ao dia a dia da gestão ajudando a melhorar o controle e a entrega. Acompanhe.
O que são lead time e cycle time
O lead time – em uma tradução livre seria como um prazo de entrega – é o tempo que demora entre o momento que o pedido é feito pelo cliente até quando o produto é entregue. Para efeito de controle, na prática, é quanto demora para a tarefa ser completada entre o momento em que é criada (ou imputada no sistema) até quando ela é dada por finalizada. Ou seja, é o tempo total que ela lava para ser concluída.
Já o cycle time – o tempo do ciclo – é o período de desenvolvimento de uma atividade ou, o prazo entre o momento em que a tarefa entra efetivamente em progresso até quando ela é concluída. Assim, o cycle time está contido no lead time.
O período entre a criação da tarefa (o início do lead time) e o começo do cycle time se chama reaction time. É o tempo que demora para que tudo esteja pronto para que uma ação aconteça.
Então, existem aí duas métricas ágeis (e uma de bônus) que, se acompanhadas, podem ajudar a identificar onde e como os processos podem ser melhorados e se tornarem mais curtos sem a perda de qualidade.
O lead time e o cycle time para o Trade
As possibilidades de aplicações dessas métricas no dia a dia do Trade são inúmeras. Das mais práticas às mais conceituais. Elas podem medir, por exemplo, o tempo entre o surgimento de uma ideia até sua concretização no campo. Podem medir a duração de cada fase da criação, ou de negociação, ou ainda controlar o processo de implementação de uma ação ou a execução de atividades no campo.
Para a gestão, o controle do lead time é fundamental para medir o tempo total de uma tarefa, já para as equipes de campo o cycle time deve ser o foco.
E o reaction time?
Como se trata de uma etapa que vem antes do início do ciclo, o ideal é que ela seja sempre a menor possível. Ao mesmo tempo, é importante que não seja ignorada para que a previsão do lead time seja correta.
Existem tarefas cujas realizações podem ser imediatas. Estas não possuem reaction time. Neste caso, o cycle time tem a mesma duração do lead time.
A utilização dessas duas métricas está relacionada ao Kanban – o famoso método de controle e gestão do fluxo de produção criado no Japão – que permite o acompanhamento das tarefas de forma visual. Vamos falar sobre isso no artigo da semana que vem.
Mas nada impede que você as coloque em prática hoje, caso ainda não faça isso. Escolha quais são os processos mais importantes que você deseja controlar e melhorar e comece a medir o tempo que eles levam.
O ideal é sempre utilizar um sistema de gestão, mas se não tiver um ainda, você pode – para começar – criar uma planilha de acompanhamento. Em um primeiro momento, mapeie o processo e identifique qual é o reaction time (se tiver) o cycle time dele. Daí inicie medição.
Na medida em que tiver números você vai criar um histórico e, com sua análise, poder identificar pontos de melhoria. Experimente!
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Até a semana que vem!
O Kanban na gestão do Trade Marketing | Trade Marketing Force
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