A elaboração do orçamento é o principal foco do gestor de Trade Marketing nesta época do ano. O tema foi tratado recentemente aqui no blog e hoje volto a abordar a gestão de verba falando sobre como nomear a estratégia.
Parece uma questão simples, não é? Mas é justamente a sensação de que basta dar um nome para um arquivo para decidir a questão que traz riscos para o negócio.
Nomear a estratégia não deve ser apenas uma tarefa, mas parte de uma lógica macro de como a empresa “pensa” o seu negócio. Por isso é importante falar sobre isso.
Acompanhe o artigo e entenda porque a gestão de verba requer a nomenclatura correta.
Como o mercado nomeia suas estratégias
De um modo geral, as empresas – principalmente as menores – tendem a personalizar sua estratégia, ou seja, creditar a funcionários as etapas do seu planejamento e isso inclui o orçamento.
É comum, por exemplo, que a empresa estipule que o orçamento do (vendedor ou gerente) “João” é de tal valor para determinado período ou ação.
Ou seja, ao invés de organizar a distribuição da verba com base na aplicação, a organização é feita com base em quem a aplica.
Se olharmos pelo ponto de vista estratégico é um grande equívoco. O orçamento não deve ser de uma pessoa. A verba existe para ser utilizada com um cliente, uma região, um departamento, um segmento… Não com uma pessoa.
Isso acontece, muitas vezes, por causa do uso de sistemas de ERP ou pela simples facilidade de associar o funcionário ao seu cargo. É preciso evitar que isso aconteça.
O risco da personalização na gestão de verba
Qual o risco de destinar uma verba para uma pessoa? O primeiro e mais claro é que qualquer funcionário pode vir a ser substituído, sair da empresa, se mudar…
Imagine se o “João” do exemplo acima sai da empresa e leva consigo todo o conhecimento sobre onde e como foi aplicada sua verba. Como o seu substituto vai atuar?
Por isso é importante, na hora de construir a distribuição do orçamento, não associá-lo a uma pessoa, mas sim a uma tag que represente algo. Por exemplo:
Ao invés de dizer que o dinheiro é do “João” para utilizar no Nordeste, é mais eficiente dizer que o dinheiro é do Nordeste e quem administra a verba é o “João”. No caso, trata-se de uma estratégia pensada por região.
Parece apenas uma questão de semântica, mas não é. Se amanhã o “João” não estiver mais na empresa ou estiver em outro cargo, a verba do Nordeste segue alocada no mesmo lugar e o substituto do “João” passa a administrá-la.
Organização de dados é fundamental
Então a melhor maneira de alocar uma verba é respeitando a estratégia macro da empresa e, deste modo, determinando que se trata de um orçamento para:
- Uma região;
- Um canal;
- Um departamento;
- Um tipo de cliente;
- Um segmento.
Feito isso é preciso que os dados estejam bem ordenados e – nessa hora – muitas vezes sistemas de ERP não comportam esse tipo de organização.
Por isso é preciso pensar no uso de uma plataforma que ofereça a visão baseada nas segmentações (como as listadas acima) e não em pessoas.
Alocar a verba não é tudo
É importante salientar que não basta pensar o orçamento como uma mera alocação de verbas. Essa é apenas uma parte do trabalho.
O controle do orçamento requer uma visão de “conta corrente”. Uma coisa é como a verba é alocada, outra é como ela é gasta.
No final das contas é preciso controlar qual o dinheiro previsto para determinada ação, qual o dinheiro foi efetivamente gasto e como ele foi aplicado.
Mais uma vez contar com uma ferramenta de gestão é importante para tornar a administração do orçamento algo ágil e seguro.
O que você achou sobre esse artigo? Como é a gestão de verba no seu departamento? Comente no final do texto.
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