Trade Marketing Force
A National Retail Federation acabou de realizar o NRF 2022: Retail’s Big Show, o maior evento sobre varejo do mundo, em Nova York. O encontro, que aconteceu entre 16 e 19 de janeiro, foi o primeiro presencial após o início da pandemia e apontou – como sempre – tendências para o varejo dos próximos anos.
Com informações da cobertura realizada pelo próprio site da NRF, preparamos esse artigo com os principais temas abordados durante o evento que precisam ficar no seu radar, pois podem mudar a maneira como as empresas vendem e se relacionam com seus clientes, confira!
Varejo físico e online em integração total
Realizado sempre no início do ano, o Retail´s Big Show reúne os maiores nomes do mercado mundial para falar sobre varejo e apontar os caminhos que estão seguindo ou vislumbrando, por isso o evento é uma referência.
Antes de entrar nas tendências, vale a pena pontuar que os especialistas não questionam mais a sobrevivência do varejo físico. Os consumidores têm voltado para as lojas ávidos pela experiência física, mas existe uma “pegadinha” nessa percepção.
O consumidor não mais o mesmo de 2019 e espera muito mais do varejo, principalmente agilidade. Dois anos de pandemia mostraram que, para alguns segmentos, a presença física não é necessária. O aumento do e-commerce e do delivery provam isso e exigem das lojas físicas “algo mais”.
Além disso, o retorno ao varejo físico não quer dizer abandono da compra online. Ao contrário. As duas coisas estão mais casadas do que nunca, de modo que será impossível sobreviver de forma competitiva no mercado sem que exista uma interação real e eficiente entre digital e físico dentro da empresa.
4 tendências da NRF 2022 para o varejo
Esse anos os principais assuntos abordados foram:
Metaverso
Como não podia deixar de ser, o metaverso foi tema mais citado durante o evento. Menos com respostas do que com dúvidas. Mas uma coisa é certa: as empresas precisam começar a criar uma presença virtual (digital já era uma obrigação há tempos, estamos falando aqui de interação em universos paralelos com avatares em 3D).
Durante o evento até surgiu o termo meta-commerce, que deve ser muito usado nos próximos meses, para designar a presença em universos virtuais com o objetivo de se relacionar com o cliente e – obviamente – vender.
Os cases da Ralph Lauren, que acaba de criar sua primeira linha de roupas virtuais, e da Nike, que apresentou uma versão da Nike Land, ambas no metaverso Roblox, foram citados. A obrigatoriedade da presença no metaverso nos próximos anos está diretamente ligada à outra tendência, a seguir.
Novas gerações compram de outra forma
Os experts acreditam que o metaverso deve ocupar nos próximos anos o espaço que as redes sociais ocupam nas vidas dos consumidores. E isso deve acontecer também porque, para as novas gerações, as compras tanto nas lojas físicas quanto no e-commerce são pouco atrativas e estão perdendo a graça.
Faz todo sentido, uma vez que são pessoas que já nasceram e cresceram conectadas, mexendo em telas e jogando. Assim, as compras devem ser um processo mais lúdico no futuro, mais interativo, por isso o hoje o social-selling – processo de venda pelas redes sociais – e o live streaming – quando a venda é feita a partir de uma transmissão de vídeo ao vivo – são práticas que ganham espaço a cada dia e devem crescer ainda mais.
As marcas que buscarem engajamento real com os consumidores vão sair na frente. Não basta mais expor seus produtos e esperar que o cliente venha – passivamente – procurar alguma coisa.
PDV mais tecnológico e amigável
Há anos se fala sobre o varejo físico ser um lugar de experiência e isso é cada dia mais necessário, principalmente após a pandemia.
Em 2022, investir em tecnologia no ponto de venda físico deve ser a tônica do varejo americano O PDV precisa utilizar a tecnologia para simplificar e facilitar a jornada de compra do consumidor, tornando todo o processo em algo sem atrito, sem empecilhos e isso significa menos filas, menos caixas, menos burocracia na hora do pagamento, coisas que hoje já estão sendo vistas em grandes redes e que precisam ser implantadas pelos pequenos também.
Além disso, o ambiente deve ser atraente fisicamente, se tornando menos um espaço de acúmulo de mercadorias e mais um lugar para convivência, mais aberto, mais espaçoso e mais verde.
Novas formas de apresentar os produtos devem surgir para satisfazer o desejos dos consumidores de sentirem o que vão comprar.
Modelos de negócio mais ágeis
A pandemia mostrou a viabilidade e, mais do que isso, o sucesso do delivery em diversos segmentos, o que estimulou a ampliação das dark kitchens (no casos dos restaurantes) e dark stores (no caso do varejo em geral).
A tendência é que esses modelos mais ágeis, baseados no atendimento online e a gestão de um estoque, ganhem espaço no mercado, uma vez que possuem menos custos para implantação e operação e são amplamente aceitos pelos consumidores.
Nesse sentido, a logística é o desafio do futuro. Entregar com agilidade pode ser um fator determinante para coroar a experiência do consumidor e torná-lo um cliente fiel.
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