Há pouco mais de uma semana um terreno virtual foi vendido por US$ 2,4 milhões (mais de R$ 13 milhões na cotação atual), no Decentraland – um mundo online em 3D baseado em realidade virtual onde você pode criar seu avatar, comprar e vender diversas coisas, além de ganhar dinheiro.
Alguns dias depois, outra pessoa comprou um iate de luxo por US$ 650 mil (cerca de R$ 3,6 milhões) na plataforma usando a criptomoeda Ethereum. O Decentraland – para usar a palavra do momento – é um metaverso atrelado à tecnologia blockchain, o que torna as transações realizadas nele seguras.
Já escrevi sobre o Trade Marketing em mundos paralelos aqui no blog e hoje retomo o tema porque a evolução nesse setor está acontecendo rápido demais e requer atenção.
Para continuar no Decentraland, por exemplo, há alguns dias eu vi um stand da Coca-Cola sendo desenvolvido para o metaverso. A arte podia ser vista de todos os ângulos e, ao mesmo tempo em que mostrava uma lata da bebida, era um “objeto” com a cara do jogo.
Obras de arte já podiam ser comercializadas na plataforma, mas como mostra o exemplo da Coca, qualquer coisa pode ser vendida ou, no mínimo, exposta em um mundo virtual. Para as marcas – e aí entra o trabalho do Trade – o metaverso é mais um possível ponto de experiência do produto para o cliente em potencial que não pode ser ignorado.
Quebre os mitos sobre o metaverso e os mundo paralelos
Como você já deve saber nessa altura, recentemente o Facebook (a empresa, não o aplicativo) mudou de nome para Meta, uma referência direta ao metaverso que, segundo Mark Zuckerberg, é um ambiente que pode potencializar a interação entre as pessoas e oferecer oportunidades de aprendizado e trabalho inéditas.
A Meta está investindo pesado na realidade virtual e essa tendência todos os dias traz novidades. Por isso, é importante entender que:
- Metaverso, criação de mundos virtuais não são uma “onda passageira” na qual algumas empresas estão “surfando”. São a aplicação da tecnologia na criação de ambientes que estão cada vez mais sendo utilizados pelas pessoas.
- Também não é coisa do futuro distante. Segundo uma pesquisa do instituto Kantar Ibope Media, da última semana, 6% dos brasileiros com acesso à internet já tiveram algum tipo de experiência no metaverso, isso equivale a 4,9 milhões de pessoas.
- Mundo virtual não é “joguinho” de adolescente. Embora espaços como o próprio Decentraland possa ser considerado um jogo, os usuários da plataforma não são jovens à procura de diversão, mas cada vez mais gente fazendo negócios.
- O mundo virtual é um ponto de experiência do seu produto e – como eu expliquei no último artigo aqui do blog – por consequência também é um ponto de venda.
- Qualquer um pode estar em um ambiente virtual, basta entender como ele funciona.
Comece a pensar em vender virtualmente
Comercializar seu produto em um site, marketplace, aplicativo próprio, e-mail ou até em redes sociais e WhatsApp já é vender virtualmente, claro. Se você faz isso já deve ter entendido, pelo menos, cinco coisas:
- O visual do seu produto precisa ser bom e adequado para a plataforma;
- As informações sobre o seu produto precisam ser o mais completas o possível;
- A gestão do preço praticado precisa ser ágil, acompanhando a movimentação da concorrência, mas, sobretudo, aproveitando momentos específicos que podem potencializar a venda (horários do dia, feriados, fins de semana, etc.).
- Monitorar o comportamento de quem compra gera dados que podem indicar caminhos a seguir para vender mais.
- É preciso estar disponível caso o cliente deseje entrar em contato.
Se você já sabe disso está um passo à frente da concorrência que ainda está pensando apenas no mundo físico. Vender no digital é um aprendizado diário, principalmente por conta da quantidade de informação gerada no processo e também pelo surgimento de novas tecnologias.
Pensar em vender e um metaverso é um salto e tanto, então a dica é ir devagar. Eu sugiro experimentar criar um acesso e explorar, entender como a coisa funciona. Para entrar no Decentraland, por exemplo, tudo o que você precisa é usar um navegador Chrome ou Firefox. Para fazer transações você vai precisar de uma carteira de criptomoeda digital, mas se não quiser, apenas explore. Com certeza os insights vão surgir.
Como o mundo virtual pode ser um ponto de experiência
Toda vez que o consumidor tem contato com seu produto ele pode ter uma experiência. Ele não precisa colocar a mão em um item para se sentir atraído por ele, por isso é possível estimular os outros sentidos virtualmente.
Obviamente, a visão e o som são os sentidos mais facilmente impactados, razão pela qual os vídeos fazem tanto sucesso e são o tipo de conteúdo que mais atrai as pessoas. Pense que uma imagem atraente capta a atenção e daí você pode direcionar o usuário (seu possível cliente) para outra informação, para realizar uma ação.
É importante ressaltar essa questão do call to action, a chamada para ação. É aquela dica ou pedido que todo conteúdo digital deve ter para não ser apenas algo informativo ou divertido. Você precisa que a pessoa faça algo por você, certo? Pode ser através de um botão para clicar, um campo para preencher ou um QR Code para ser acessado.
Outra coisa. Lembre da ideia do omnichannel, da integração de canais.
“Não existe ação no mundo virtual que não seja conectada ao mundo físico”.
Parece óbvio, mas é sempre bom lembrarmos disso. É claro que existe a possibilidade de comprar algo apenas para enriquecer o seu universo virtual (é o caso do terreno ou do iate citados no início do texto), mas é possível comprar um item virtual que seja entregue na sua casa. O McDonalds já usou essa estratégia criando lojas no Minecraft e no The Sims com QR Codes que os direciona os usuários para McDelivery se eles quiserem.
Não está longe o dia em que poderemos andar pelas prateleiras de uma loja virtual com um número absurdo de produtos (que nunca acabam, eliminando as chances de ruptura), escolher os itens e comprá-los para receber em casa. O trabalho do Trade vai mudar, mas está longe de acabar.
Pense nisso!
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Até a próxima semana!