Como as tendências do mercado vão impactar o Trade Marketing em 2020?
Ao longo do ano, li e publicamos também em nossas redes sociais, diversas notícias sobre os rumos do mercado no Brasil e no mundo.
Novidades tecnológicas, produtos inovadores, novas abordagens de venda e estratégias de branding, enfim tendências que já estão se materializando e mudando as formas de vender e comprar.
Não há questionamento sobre isso: o mercado está em transformação e as empresas que não se adaptarem tendem a ficar pelo caminho.
Nossa sorte, aqui no Brasil, é poder olhar para mercados mais evoluídos como Europa, Estados Unidos e Ásia e observar pontos de evolução que ainda vão chegar por aqui.
Isso nos dá um tempo – curto, é verdade – para nos prepararmos para mudanças.
Nem tudo o que acontece fora do Brasil vai acontecer do mesmo modo aqui, é fato, mas é preciso ficar atento.
O que podemos esperar para o próximo ano, por exemplo? Vamos deixar de lado as inovações tecnológicas e focar em algumas tendências já estão ganhando corpo e vão exigir novas posturas do Trade Marketing em 2020.
Acompanhe a seguir.
Novos hábitos de compra do shopper
Não há questionamento sobre a mudança dos hábitos de consumo do shopper brasileiro. Cada vez mais a jornada de compra de qualquer produto começa na internet, mesmo para itens de primeira necessidade.
Em um ano, o uso de apps de supermercados cresceu 15% no país, de acordo com uma pesquisa do Ibope Conecta, realizada no primeiro semestre de 2019.
Segundo o levantamento, 26% dos brasileiros usam algum software de desconto de preços para mobile. Desse percentual, 71% são de usuários de aplicativos de supermercado.
Isso quer dizer que a decisão de ir até a loja física acontece após uma pesquisa ou um estímulo (no caso dos descontos) que acontece no digital.
Ou seja, o primeiro contato com o cliente cada vez mais não acontece no PDV físico, mas sim no PDV virtual e é preciso que a comunicação das marcas com seus clientes comece ali.
As pessoas continuarão a sair de casa para comprar, mas não como faziam antes.
Uma pesquisa do banco de investimentos UBS, feita este ano nos Estados Unidos e divulgada em novembro, mostra que os consumidores americanos têm ido aos shoppings para se divertir e irem a restaurantes, não para comprar.
Isso acontece porque não é mais preciso ir até a loja para saber novidades e lançamentos.
Experimentação é o segredo do novo varejo físico
Os shoppings não devem fechar, nem as lojas físicas vão acabar, mas desde que mudem seu propósito.
As grandes marcas já estão investindo pesado em lojas de experimentação, onde o cliente pode conhecer o produto e testá-lo (ou prová-lo) para fazer a compra ali ou pela internet se quiser.
É o caso da Bauducco e da Nespresso, entre outras. No começo deste mês a Época Negócios publicou uma entrevista com o CEO da Nespresso, Jean-Marc Duvoisin na qual ele diz:
“Nos próximos cinco anos, queremos que esse cliente compre cada vez mais pela internet, mas vá de vez em quando às nossas butiques para ter a experiência completa”.
A Nike nos Estados Unidos deixou de vender seus produtos na Amazon e cada vez mais investe nas próprias lojas para oferecer ao seu cliente a chance de experimentar os tênis e – se quiserem – customizá-los.
Em resumo, os PDVs físicos devem ter mais do que produtos para vender, precisam ser locais de convívio do cliente com a marca, no qual ele possa começar seu processo de decisão sobre a compra.
Canal direto é desafio do Trade Marketing em 2020
Percebeu, nos exemplos citados, como ao mesmo tempo em que se aproximam do cliente para oferecer a oportunidade da experimentação em suas flagship stores as investem no canal direto de venda, aquele no qual não há intermediários?
É outro sinal de que o varejo físico não vai acabar. Nos seus e-commerces as empresas já fazem a venda direta, agora têm criado lojas exclusivas com esse objetivo.
A Adidas é um bom exemplo. Além de investir em suas flagships, também abre pop-up stores, as lojas temporárias que têm o objetivo de explorar um momento, atingir um público específico ou marcar o lançamento de um produto.
Para o ano que vem e até 2024 anos podemos esperar cada vez mais esse tipo de movimentação dos fabricantes, o que vai exigir do Trade Marketing em 2020 uma nova visão sobre sell out, uma vez que a venda também vai estar nas mãos da empresa.
Para alguns segmentos, a relação entre o On Trade e Off Trade pode ficar bem estreita e mudar totalmente a forma com os planejamentos são feitos atualmente.
Você concorda com esses pontos de vista? Que outras tendências você já percebe no mercado brasileiro podem impactar o Trade Marketing em 2020 que gostaria de compartilhar?
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