Qual o momento certo para criar um departamento ou ter um profissional exclusivo de Trade Marketing na empresa? Esta é uma das dúvidas mais comuns no mercado quando o assunto é Trade. Afinal, qual a hora de começar?
Diferente dos Estados Unidos ou da Europa, onde as empresas normalmente planejam esta etapa de evolução no seu negócio, no Brasil a coisa acontece – de um modo geral – meio no “susto”.
Como assim?
A grande maioria das organizações acaba criando um departamento de Trade Marketing por força do mercado e não por uma decisão estratégica.
A empresa começa a atender um cliente que exige promotores e aí vem o primeiro susto, é preciso providenciar isso. Logo, surge a necessidade de um coordenador dessa equipe de campo e então vem outro susto…
De susto em susto, a empresa vai contratando, vai fazendo o trabalho e quando percebe, o Trade está implantado na organização. Claro, não da melhor forma, mas do jeito que foi possível.
Vamos analisar melhor esse “nascimento” do Trade Marketing na empresa e entender quando e, principalmente, como é a melhor forma de começar.
Como normalmente surge o Trade Marketing na empresa?
A pressão do mercado que gera os “sustos” que citei acima e faz “nascer” Trade nas organizações brasileiras, geralmente está associada ao merchandising.
O fabricante preocupado com a visibilidade da sua marca começa a querer investir em ações no PDV e desse modo movimenta a roda na direção do Trade.
É preciso pensar a embalagem, a exposição, o material de divulgação, o planograma, os possíveis pontos extras… Ao entrar nesse processo o trabalho do Trade Marketing se materializa e os resultados acontecem.
Um problema desse princípio “torto” da prática do Trade é que – com o tempo – os profissionais tendem a focar apenas no demandas do merchandising deixando de lado toda a gama de atuação possível do Trade Marketing, seus pilares, como eu cito neste artigo publicado no nosso blog.
Outro problema é o apego ao operacional. A empresa começa com uma estrutura pequena, a pessoa precisa desempenhar várias funções, vai fazendo e depois não consegue ter tempo para pensar a estratégia. Vira escrava da operação.
Qual a hora certa para começar?
No Brasil é comum que muitas atividades da indústria estejam sob responsabilidade do departamento Comercial. Isso quer dizer que é essa área que detém o dinheiro (e o controle) das ações.
Pois bem. Quando a verba do Comercial começa a ser alocada para a negociações que vão além das tradicionais, como para uma campanha de incentivo no cliente, um tabloide, uma fachada ou para obter um espaço diferenciado no PDV é sinal de que o Trade está pedindo espaço.
Quer dizer, ele já existe na prática, mas está “preso” na aba do Comercial. É hora de deslocar um profissional, seja do próprio departamento ou de Marketing, para começar a gerenciar essas ações.
Mesmo que seja um funcionário part-time o ideal é ter uma pessoa dedicada que comece não só a fazer, mas a captar as informações necessárias para tomada de decisões.
Ou seja, já comece pensando estrategicamente também. Sabendo que a ação de hoje gera o dado que vai
melhorar o planejamento de amanhã.
Todas as empresas precisam do Trade Marketing?
De forma simples e objetiva, sim.
“Todas as empresas, não importa o segmento de atuação ou posição na cadeia de distribuição de suprimentos, devem ter pelo menos um profissional exclusivo de Trade e pensar em evoluir até criar um departamento”.
Em um mundo perfeito é óbvio que este setor da empresa já nasceria com gestores e uma equipe prontos para desenvolver suas ações. Mas isso raramente acontece.
Quando uma organização começa a sentir a necessidade da criar a área o ideal é entender primeiro qual será o seu papel do Trade Marketing na empresa.
O Trade é um departamento trabalha em conjunto com o Comercial e com o Marketing para garantir o sucesso da marca ou do produto no PDV.
Não é difícil encontrar empresas que não possuem ainda o Trade na organização e que patinam tentando emplacar a venda de um item que o mercado não aceita, seja por causa do preço ou da apresentação, por exemplo.
As atuações interna e externa dos profissionais de Trade “amarram” todas as pontas entre departamentos e parceiros para aumentar o potencial de venda e trazer retorno nas execuções.
A tecnologia garante o começo correto
Como o Trade começa pequeno, mas com um alto volume de atividades dentro e fora da empresa, a operação que já nasce grande.
É praticamente impossível uma pessoa sozinha dar conta de todas as tarefas de gerenciamento com eficiência sem o uso da tecnologia. Imagine ter que ler dezenas de e-mails por dia e controlar outras dezenas de processos ocorrendo simultaneamente?
Uma plataforma de gestão e um aplicativo de campo são soluções ideais para que o trabalho do Trade já nasça da forma correta, com os dados sendo coletados com segurança, a comunicação fluida entre a equipe e a possibilidade de visão do todo em tempo real.
Ao contrário do que possa parecer, o investimento em tecnologia não é alto, mas a segurança de ter o processo mapeado e os resultados disponíveis para análise são garantidos.
E aí, alguma dúvida sobre o momento de começar o Trade Marketing na empresa?
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